Direito Compartilhado
Unknown

Entre a Lei e o Caos: o Excludente de Ilicitude e o Limite do Ativismo dos Direitos Humanos

 


Excludente de Ilicitude e Direitos Humanos: o Limite do Ativismo

Debate sobre o excludente de ilicitude e o ativismo dos direitos humanos no Brasil. O equilíbrio entre dever policial e proteção da vida.

Quando o policial precisa agir em frações de segundo, a lei deve protegê-lo, não transformá-lo em réu.

Nos últimos dias, o debate sobre o projeto de lei do Rio de Janeiro que concede bônus a policiais pela “neutralização” de criminosos reacendeu uma antiga polêmica: até onde vai o dever de garantir os direitos humanos e onde começa o direito de defesa legítima do agente público que arrisca a própria vida?

Entre o discurso de que o Estado estaria “premiando mortes” e a realidade de quem vive sob fogo cruzado, há uma lacuna que precisa ser tratada com honestidade jurídica: a aplicação do excludente de ilicitude.


O que é o excludente de ilicitude

O artigo 23 do Código Penal estabelece que não há crime quando o agente pratica o fato em legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de direito.
Essas hipóteses não são “brechas na lei”, mas garantias de proteção a quem age dentro dos limites legais para preservar a ordem e a vida — inclusive a sua própria.

Em operações policiais, especialmente em locais dominados pelo tráfico, decisões são tomadas em segundos, sem o conforto da reflexão jurídica posterior. O excludente de ilicitude existe justamente para evitar que o policial seja tratado como criminoso por agir em situações extremas.


O desequilíbrio atual: direitos humanos para quem?

Nos últimos anos, observa-se um ativismo crescente de setores ligados aos direitos humanos, que muitas vezes ignora o contexto prático das operações.
É inegável que toda vida tem valor — inclusive a de quem está do outro lado da lei —, mas o discurso humanitário não pode servir de escudo para criminosos armados que desafiam o Estado e oprimem comunidades inteiras.

Quando uma operação policial resulta em mortes, imediatamente surgem acusações de “execução”, “abuso” e “violação de direitos humanos”, sem que se aguarde perícia, inquérito ou prova concreta.
Essa antecipação de culpa enfraquece a moral das forças de segurança e cria um ambiente onde o medo de responder a processos supera o dever de agir.


Direitos humanos precisam ser universais, não seletivos

O problema do ativismo excessivo é que ele passou a enxergar o policial como o vilão, e o criminoso como uma vítima do sistema.
Esquece-se que o policial também é um ser humano, com família, direitos e dignidade.
Quando ele é morto em serviço, raramente há manifestações ou notas oficiais das mesmas entidades que tanto se mobilizam em defesa dos suspeitos.

Direitos humanos verdadeiros devem proteger a todos — inclusive quem veste a farda e defende a sociedade.


A fronteira entre o dever e o abuso

Isso não significa dar carta branca para a violência.
A lei deve proteger o policial que age dentro dos limites do excludente de ilicitude, mas também punir com rigor o excesso, quando há abuso comprovado, execução sumária ou desvio de conduta.
A fronteira é tênue, e é justamente aí que a justiça precisa atuar com equilíbrio, não com ideologia.

Punir o agente que age dentro da lei é injustiça.
Ignorar abusos é conivência.
O desafio está em distinguir o legítimo do ilegal sem transformar o combate ao crime em espetáculo político.


Conclusão: o Estado precisa proteger quem o protege

O policial não pode ser tratado como inimigo da sociedade.
Ele é o braço da lei, não o seu adversário.
Se o Brasil quer reduzir a violência, precisa de segurança jurídica para quem cumpre o dever legal — e isso passa por respeitar o excludente de ilicitude, aplicando-o com responsabilidade, não com preconceito.

O ativismo desequilibrado em nome dos direitos humanos que transforma cada ação policial em crime mina a autoridade do Estado e enfraquece a segurança pública.
Proteger vidas não é apenas garantir direitos — é também dar respaldo a quem age em legítima defesa, no estrito cumprimento do dever legal e dentro do Estado de Direito.
Esse equilíbrio é essencial para uma política de segurança moderna, justa e humana.


Opinamundos

Leia Mais
Unknown

Reforma Tributária em 2025: O que muda (de verdade) na vida de empresas e cidadãos?

 


Introdução

Em outubro de 2025, o Brasil está às vésperas de uma das maiores transformações fiscais da sua história. Após décadas de debates, o texto da Reforma Tributária (PLP 45/2023) avança no Senado Federal com propostas concretas para simplificar um sistema historicamente complexo, opaco e custoso. Mas o que essa reforma traz de fato? E, mais importante: como ela afetará o bolso do cidadão comum e a rotina das empresas? Neste artigo, desvendamos os pontos-chave da proposta, seus impactos imediatos e os desafios que ainda persistem.


1. O que é a Reforma Tributária (PLP 45/2023)?

A proposta unifica cinco tributos (IPI, PIS, COFINS, ICMS e ISS) em dois novos impostos:

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): de competência estadual e municipal, com alíquota única por estado.
  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): de competência federal, com alíquota uniforme em todo o território nacional.

O modelo segue o sistema de destinação do imposto ao destino (não mais à origem), alinhando-se a práticas internacionais como as da União Europeia.


2. Principais mudanças esperadas

  • Simplificação: Redução drástica de obrigações acessórias (como o SPED).
  • Transparência: Notas fiscais deverão exibir claramente o valor total de impostos embutidos.
  • Transição gradual: O processo de substituição dos tributos antigos ocorrerá em até 10 anos.
  • Fundo de Compensação: Estados que perderem receita terão apoio financeiro da União durante a transição.

3. Impactos práticos

Para as empresas:

  • Menor custo com compliance fiscal.
  • Redução de disputas interestaduais por ICMS.
  • Necessidade de adaptação tecnológica e contábil.

Para o cidadão:

  • Preço dos produtos poderá ficar mais estável (menos “guerra fiscal”).
  • Maior clareza sobre quanto se paga de imposto — mas não há promessa de redução da carga tributária total.

Atenção: A reforma não mexe em impostos como IR, INSS, IPVA ou IPTU.


4. Críticas e desafios

  • Risco de centralização: Estados com menor capacidade administrativa podem depender excessivamente da União.
  • Incerteza jurídica inicial: Divergências na interpretação do novo sistema podem gerar litígios nos primeiros anos.
  • Carga tributária inalterada: A reforma é estrutural, não fiscal — ou seja, não reduz impostos, apenas reorganiza.

Conclusão

A Reforma Tributária de 2025 não é uma solução mágica, mas representa um passo histórico rumo a um sistema mais justo, previsível e moderno. Para empresas, é uma oportunidade de eficiência; para o cidadão, uma chance de maior transparência. Contudo, seu sucesso dependerá da capacidade de implementação e do compromisso com a estabilidade jurídica nos próximos anos. Acompanhar os próximos passos no Senado — e depois na regulamentação — será essencial para todos que vivem sob o peso (e a complexidade) do sistema tributário brasileiro.


Temas relacionados que você pode querer explorar

Se este artigo foi útil, talvez você também se interesse por:

  • A tramitação da PLP 45/2023 no Congresso Nacional
  • As diferenças entre o IBS e o CBS e como eles substituirão os tributos atuais
  • O impacto da reforma tributária de 2025 no planejamento fiscal de empresas
  • Como a simplificação tributária pode reduzir custos operacionais
  • A transição do ICMS e ISS para o novo modelo de tributação no destino
  • Análises atualizadas sobre o Direito Tributário brasileiro após a reforma
Leia Mais
Unknown

Corações & Almas é sinônimo de crescimento pessoal, história e muita cultura! - Fernando Conrado

 



Em muitos momentos, procuramos cursos com o intuito de compreender determinadas questões pontuais: mudança de vida, aprender sobre filosofia, história, política, literatura... No entanto, nestes cursos não há um ensinamento com uma interligação entre as diferentes ciências e áreas, apenas uma parte compartimentada do conhecimento. Então, como é possível assimilar de forma profunda para que o conhecimento não fique superficial? Conectando esses campos e o Saber!

No Corações & Almas, em cada Masterclass levo vocês junto comigo a uma imersão na arte, na história, cultura e arquitetura de cada local para que vocês possam compreender a história do local diretamente de onde os fatos ocorreram. Só assim é possível compreender o passado, presente e futuro dos locais mais importantes da história mundial.

Ensino a vocês desse jeito didático, leve e mastigado, para que vocês possam aproveitar muito essa jornada de crescimento cultural, aprendendo sem esforço e unindo as diversas áreas do Saber, conectando todas elas e observando tudo fazer sentido!

Muito além de um curso, Corações e Almas é sobre fazer parte de algo maior ao lado de pessoas com os mesmos ideais e valores de vida e que enxergam valor em ser Maior. Pessoas que buscam chegar na barreira do seu conhecimento e empurrá-la adiante.

Conto com vocês ao meu lado nessa jornada!


Leia Mais
Unknown

CineSensações - Explorando Emoções Através do Maravilhoso Mundo do Cinema: Um Guia Emocional para Selecionar o Filme Certo na Hora Certa

 


🎬 CineSensações: Explorando Emoções Através do Maravilhoso Mundo do Cinema

Descubra Que Filme Assistir em Cada Momento da Sua Vida

Você já sentiu vontade de chorar ao ver um drama? Já riu sem parar com uma comédia ou se arrepiou com um suspense que parecia real? O cinema tem esse poder único: tocar sua alma, curar feridas, inspirar mudanças e transformar dias difíceis em momentos de esperança.

"CineSensações" é muito mais do que um guia cinematográfico. É uma jornada emocional que conecta filmes às suas sensações mais profundas. Um convite para assistir com intenção, sentir com profundidade e viver com mais coragem.

Ao longo de mais de 300 páginas, você vai descobrir como o cinema desperta emoções, molda sentimentos e pode se tornar uma ferramenta de autoconhecimento e cura. Desde os primórdios da sétima arte até os grandes sucessos contemporâneos, este ebook analisa o cinema como uma linguagem universal da alma humana.

No Capítulo 1, você entende o poder transformador do cinema: como ele evoluiu de uma curiosidade técnica para uma indústria global capaz de nos fazer rir, chorar, refletir e nos reconectar com quem somos. Você verá como diretores, roteiristas e compositores usam luz, som, imagem e silêncio para tocar o coração.

No Capítulo 2, mergulhamos nos gêneros cinematográficos — não como categorias, mas como idiomas das emoções. O suspense que acelera o coração, a comédia que liberta, o drama que confronta verdades cruas, a ação que desperta coragem. Com listas exclusivas de diretores, atores, maiores bilheterias e filmes indicados ao Oscar, você terá um mapa completo por gênero, além da importância das trilhas sonoras — aquela emoção invisível que fica gravada na memória.

Capítulo 3 explora temas universais que atravessam épocas e culturas: o amor em suas mil formas, a amizade como fio de salvação, a perda e a superação como parte da jornada humana. Você verá como filmes como "À Procura da Felicidade""Manchester à Beira-Mar" e "Intocáveis" não apenas entretêm, mas testemunham a dor, a esperança e a resiliência.

E então, no Capítulo 4, chega o coração da obra: o guia prático de escolha emocional. Aqui, você aprende a escolher o filme certo para cada estado de espírito. Quando está triste, com raiva, solitário, ansioso ou em busca de motivação, há um filme que pode acolher, fortalecer ou transformar. Com sugestões como "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" para levantar o astral, "John Wick" para canalizar a raiva ou "Questão de Tempo" para redescobrir a alegria, você nunca mais escolherá um filme ao acaso.

Este ebook é para:

Inclui anexos com 100 filmes essenciais por gênero cinematograficoglossário da sétima artedicas de streaming e um modelo de "Lista de CineSensações" para você preencher com seus filmes pessoais.

"O cinema não é fuga. É um mergulho na realidade mais profunda: a sua."

Prepare-se: este livro vai mudar para sempre a forma como você vê o cinema — e a si mesmo.


SAIBA MAIS

Leia Mais

Veja Mais




DONATION BITCOINS. THANKS
bc1qer0lpwueh6z7gsj2sfl87j2jk7nd36x857gtve